Playoffs da NBA: Tudo o que esperar da série entre Timberwolves e Warriors

Pela segunda vez desde a conquista do título da NBA em 2022, o Golden State Warriors chega às semifinais da Conferência Oeste. Para qualquer outra equipe, isso não seria considerado um jejum — mas no contexto da era Stephen Curry, esse avanço é tratado como uma vitória significativa.

Isso porque, com o elenco atual, os Warriors podem estar diante da melhor — e talvez última — chance de Curry de ao menos voltar às finais do Oeste. Muito disso se deve à chegada de Jimmy Butler, que brilhou como o esperado na série de primeira rodada contra o Houston Rockets, especialmente após retornar de uma lesão que o afastou de um dos jogos.

Do outro lado, o Minnesota Timberwolves segue firme em sua missão de se consolidar como potência no Oeste. A equipe já deu um grande passo na temporada passada ao alcançar as finais da conferência e, após uma performance dominante contra o Los Angeles Lakers na rodada inicial, quer repetir a dose.

Ambos os times chegaram às semifinais por caminhos difíceis: os Warriors passaram pelo torneio Play-In da SoFi, enquanto os Wolves precisaram de uma arrancada final na temporada regular para evitar o Play-In e garantir a sexta colocação. Mesmo assim, os dois times vivem seu melhor momento agora — e isso aumenta consideravelmente as chances da série ir até o jogo 7.

Calendário da série

Veja como acompanhar os confrontos entre Timberwolves e Warriors (horários no fuso horário da Costa Leste dos EUA):

  • Jogo 1: Warriors @ Timberwolves – Terça, 6 de maio, 21h30 (TNT)

  • Jogo 2: Warriors @ Timberwolves – Quinta, 8 de maio, 20h30 (TNT)

  • Jogo 3: Timberwolves @ Warriors – Sábado, 10 de maio, 20h30 (ABC)

  • Jogo 4: Timberwolves @ Warriors – Segunda, 12 de maio, 22h00 (ESPN)

  • Jogo 5: Warriors @ Timberwolves – Quarta, 14 de maio, horário a definir (TNT)*

  • Jogo 6: Timberwolves @ Warriors – Domingo, 18 de maio, horário a definir (a confirmar)*

  • Jogo 7: Warriors @ Timberwolves – Terça, 20 de maio, 20h30 (ESPN)*

(*Se necessário)

O grande enredo: a era de Ant

Este pode ser o momento de Anthony Edwards. Nos últimos 12 meses, ele deixou para trás nomes como Kevin Durant, Nikola Jokić, LeBron James e Luka Dončić em séries eliminatórias. Agora, a pergunta é: será que ele vai incluir Stephen Curry nessa lista?

Edwards parece estar em uma missão para se tornar o novo rosto da NBA. Está na idade certa e no ponto ideal da carreira para uma ascensão meteórica. E uma coisa é certa: ele não tem medo do palco nem da pressão. Pelo contrário, ele parece buscar isso.

Os Warriors sabem que terão problemas para contê-lo, assim como os grandes que não conseguiram. Draymond Green, o melhor defensor do time, não tem a velocidade necessária. A tarefa deve cair nas mãos de Jimmy Butler, que certamente não é alguém fácil de se bater — e está entre os poucos na liga que podem obrigar Edwards a suar por cada ponto.

A estrela dos Timberwolves lembra algumas campanhas solo marcantes, como a de Dirk Nowitzki em 2011 ou Dwyane Wade em 2006. Ainda há muito caminho pela frente, e Steph Curry não vai entregar os pontos facilmente — se é que vai.

Fique de olho: Draymond x Gobert

Outro ponto de atenção será o embate físico (e possivelmente polêmico) entre Draymond Green e Rudy Gobert. A NBA parece estar mais permissiva em relação ao contato físico nestes playoffs, mas o verdadeiro teste será ver até que ponto ela permitirá o embate entre esses dois jogadores.

Os dois têm histórico: o momento mais conhecido foi quando Draymond colocou Gobert em uma espécie de “gravata” em novembro de 2023, o que lhe rendeu uma suspensão de cinco jogos e possivelmente o deixou fora da seleção americana para as Olimpíadas de 2024.

Ninguém sabe exatamente por que essa rivalidade existe, mas há quem diga que Draymond tem inveja dos quatro prêmios de Jogador Defensivo do Ano que Gobert recebeu (Draymond tem apenas um) — e ele já zombou disso publicamente.

Curiosamente, apesar de serem craques na defesa, os dois têm impacto mínimo no ataque, com exceção de uma atuação dominante de Gobert no Jogo 5 da série anterior. Isso significa que, tecnicamente, nem precisam marcar um ao outro — mas isso não deve impedir que as faíscas voem em quadra.