Os 5 tsunamis mais devastadores da história moderna

Catástrofes naturais como os tsunamis estão entre os eventos mais destrutivos que a humanidade já presenciou. Com ondas gigantes que surgem no mar e avançam com força devastadora em direção à costa, esses fenômenos deixam rastros de destruição, mortes e impactos irreparáveis em diversas regiões do planeta.

A palavra “tsunami” vem do japonês, formada pelos termos tsu (porto) e nami (onda). O nome reflete bem a realidade: são ondas gigantes que se deslocam a grande velocidade pelo oceano e que, ao se aproximarem do litoral, reduzem a velocidade, mas ganham altura — podendo chegar a dezenas de metros.

O que causa um tsunami?

Em geral, os tsunamis têm origem em abalos sísmicos submarinos causados por movimentações das placas tectônicas. Terremotos com magnitude acima de 7 graus na escala Richter são considerados um forte indicativo de risco. No entanto, há outras causas possíveis, como erupções vulcânicas, deslizamentos de terra submarinos e até a queda de meteoritos. Um dos exemplos mais extremos foi o asteroide responsável pela extinção dos dinossauros, que, segundo cientistas, também causou um megatsunami.

A seguir, confira os cinco tsunamis mais impactantes da história recente.

Oceano Índico – 2004

Considerado um dos desastres naturais mais letais da história moderna, o tsunami do Oceano Índico ocorreu em 26 de dezembro de 2004. Após um terremoto de magnitude 9,1 próximo à costa da Indonésia, uma série de ondas de até 30 metros atingiu violentamente 14 países, incluindo Sri Lanka, Índia e Tailândia. O saldo foi catastrófico: cerca de 230 mil mortos e milhões de pessoas afetadas. A tragédia evidenciou a necessidade de sistemas de alerta mais eficazes na região.

Messina – 1908

Na Europa, o tsunami mais mortal já registrado aconteceu na Itália, em 28 de dezembro de 1908. Um terremoto de magnitude 7,1 atingiu o Estreito de Messina, entre a Sicília e a Calábria. Cerca de dez minutos depois, ondas de até 12 metros invadiram a costa. Estima-se que entre 65 mil e 80 mil pessoas tenham morrido na tragédia, que devastou as cidades de Messina e Reggio Calábria.

Valdívia – 1960

O Chile foi palco do maior terremoto já registrado, com magnitude de 9,5, em 22 de maio de 1960. O tremor originou um tsunami com ondas superiores a 25 metros que atingiram cerca de mil quilômetros da costa chilena. A destruição foi imensa: aproximadamente 1.600 pessoas morreram, mais de 3 mil ficaram feridas e cerca de 2 milhões perderam suas casas. O evento também gerou ondas que alcançaram o Havaí, Japão e Filipinas.

Tohoku – 2011

O Japão é referência em preparação para desastres naturais, mas nem toda tecnologia foi capaz de conter a tragédia ocorrida em 11 de março de 2011. Um terremoto de magnitude 9 na região de Tohoku desencadeou um tsunami devastador. As ondas atingiram a usina nuclear de Fukushima, provocando um acidente radioativo de grandes proporções. O número de mortos chegou a 15.853, e mais de 25 milhões de toneladas de entulho foram espalhadas pelas cidades afetadas.

Estreito de Sunda – 2018

Em 22 de dezembro de 2018, a Indonésia enfrentou mais um episódio trágico. A erupção do vulcão Anak Krakatoa, situado no Estreito de Sunda, provocou um tsunami que pegou a população de surpresa. Como parte do vulcão estava submersa, a atividade intensa lançou rochas ao mar, gerando ondas que atingiram violentamente o litoral. Ao todo, mais de 400 pessoas perderam a vida e cerca de 14 mil ficaram feridas.